quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ensaio Sobre o Poder

Eis que então veio o poder, atrelado diretamente às habilidades adquiridas por força da ampliação do conhecimento em direção ao tão em voga “despertar”, ou por demais práticas relacionadas a este fim. Algumas manipulações das circunstâncias parecem tão aplicáveis, e tão sedutoras, a partir do momento em que se tem conhecimento o bastante para manipular seus desfechos... Pois bem, bom que se saiba, pode-se, ainda que nem sempre se deva.

E a relação entre o poder e o dever é bastante íntima, mas não se obrigam senão por força de uma pequena rede de normas e regras fundamentais, nem sempre facilmente dedutíveis, de razão e proporção. A lei maior é a do Lastro, não há dúvida. Faças e terás o resultado, primeiro a curto, após a médio, e posteriormente: o devido. Não há como, nem por onde escapar do Lastro, como não se pode escapar da física (ainda que alguns contrariem alguns dogmas equivocados da física, não significa que tenham contrariado a real norma física, ainda não totalmente desvendada pelo homem científico).

Aos Lobos, mas não a todos, resta o dilema perpétuo. Até que ponto o que se vive é de fato real, fruto dos méritos particulares, dentro das regras do jogo? A partir de onde é simples resultado de “manipulação das cartas”?
Fique claro, não se trata de um dilema apenas de Vampyros, mas também de qualquer membro privilegiado de qualquer organismos social onde possa contar com privilégios e poderes. Mas sem dúvida, ao Vampyro, por tratar-se de uma característica íntima da qual não se pode livrar em segundo algum de sua existência, é um dilema digno de causar loucura, por certo. Por vezes, causa determinante desta.

Todos, não necessariamente Vampyros, contam com a possibilidade de ascender à determinadas posições privilegiadas diante os demais, detendo consigo poder, tal qual um homem que, de maneira oculta, porta uma arma diariamente, todos os dias de sua vida, em sua cintura.
>O fato é, quando dela fazer uso? (já que se supõem que mesmo diante um rigoroso treinamento -nem sempre tanto- sabe ele ter um poder sobre a maioria dos que o cercam, e muitas vezes, nas questões diárias, tem sua integridade exposta).
Pois bem, entra aí a importância – outrora discutido com membros da comunidade – de estabelecer uma fronteira determinante do justo e aplicável. Lida-se aqui, neste ambiente, com conhecimento que leva à aquisição de poder, isso é inegável, poder inclusive de autodestruição, como já pudemos presenciar na comunidade mesmo. É aí que entra: O que é certo ou errado nesta rede de interesses sobrepostos?
A resposta, apesar de já contestado, existe. Há como identificar a escolha certa e escolha errada. Há como determinar a opção moral e imoral (não tomemos como “moralismo”, é noutro sentido). {Moral = dotado de justiça e acertamento mesmo diante o esmiuçamento detalhado de sua designação, considerando todo o contexto}.

É óbvio que ler este texto é chato, muito menos empolgante que Rice, Vianco, Codex, LV, Wolwerine ou RPG. Simplesmente por que a realidade não é tão empolgante, e é dela que aqui se trata. É ela que aqui se propõem. Aforismos afiados não são um dom de todos, e a maioria, infelizmente, cai no sofismo quando apurada profundamente... a verdade dói.
“Poder” traz consigo um dever, um dever de estar moralmente amparado no uso deste poder. E muitos dos senhores aqui caminham num sentido irreversível de aquisição deste poder, como qualquer homem ou mulher que submeteu-se a colocar o rosto face aos livros do conhecimento humano... Que treinou seu corpo para executar os passos precisos... Que exercitou seu idioma para colocar os vocábulos em sua melhor expressão... Que ampliou sua percepção para trazer em forma de arte aquilo que sente, e que faz sentir. “Poder” é um brinquedo caro, que estraga facilmente a vida de quem não o tem pelas mãos de que o usa mal. “Para o mal?” Não, não é isso que importa. O bom uso, muitas vezes, é para o mal de algo ou alguém, quando legítimo, e moral. Mas mal uso, é sempre mal para outrem a curto, a todos a médio, e a si, como prazo final e aterrador.

-O poder é uma afiada espada na mão, e milhares, muito mais afiadas, no próprio pescoço-.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dicionário de Termos Vampyricos

Alguns se perguntaram: "o que é isso?"... Sinceramente, eu também não sei, mas recebi de um neófito, em suas pesquisas pela internet a busca de informações. Este Dicionário foi compilado por Lord A:., um ser que decidiu criar até curso sobre strigoi, e está disponível no site Vampyrismo.org. Nele há vários termos conhecidos entre os vampirólogos, vampyros, neófitos e - como diz meu amigo Kchintarus Drakull - "comida alucinada", são citados. Alguns são bem relevantes, com boas explicações, como no caso do Black Veil: "O código de ética e conduta da cena vampyrica; (...) O que quer que pessoas fora desses realizem com consentimento entre ambas as partes em suas casas e outros lugares ficam a cargo de suas vidas...".
Espero que desfrutem desse Dicionário, pois para alguns será de extremo auxílio:

DICIONÁRIO DE TERMOS VAMPYRICOS
'Designando termos Vampyricos correntes na comunidade vampyrica internacional![*]
1.Conforme avançamos nossa abordagem sobre a cena vampyrica torna-se interessante aprofundarmos os termos e conceitos correntes internacionalmente na mesma, optei por deixar em inglês ou na língua natal os mesmos, para rápida compreensão na leitura de sites e livros no exterior, outra coisa o mesmo glossário é direcionado para a terminologia do Sanguinarium, Ordo Strigoi Vii, Cena Vampyrica e temas relacionados correntes e em uso no exterior para a mesma (!)
- Logo fora da mesma Cena alguns podem ter sentidos e significados diferentes dos apresentados aqui, enfim que fique claro que o significado de um símbolo é dado pelo espaço de tempo que ele existe e os significados geográficos e culturais da cultura que o adotou - Nosso enfoque é o da Cena Vampyrica.
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A
Awakening: Genericamente significa o despertar para a condição vampyrica. Em um sentido mais amplo pode ser utilizado quando alguém descobre seu apreço pela cena vampyrica e começa a freqüentá-la e vivenciá-la o seu dia a dia assumindo-se como um vampyro [Living Vampyro/Vampiro Vivo/Strigoi Vii]. Em um sentido mais interno ela designa o processo iniciatório que levará toda a existência do mesmo se ele optar por enveredar na senda mágika do vampyrismo. [ver despertar]

Ankh: A relação cultural entre o Vampiro e o "Ankh" oficialmente surgiu na mídia a partir do filme "Fome de Viver- [The Hunger]" onde os vampiros interpretados por Katherine Deneuve e David Bowie caçavam ao som do hino Bela Lugosi's dead, furando seus lanchinhos com um Ankh. Entretanto este símbolo é associado à vida eterna das idéias em um plano sutil chamado vulgarmente de Inconsciente Coletivo ou memória Akashika da humanidade. O "Ankh" era o símbolo daqueles que sabiam como transitar neste plano sutil e assim viver para sempre. Era também associado ao sexo e ao momento do orgasmo dos parceiros. Logo, o vampiro seria o eterno caminhante eterno, aquele que estaria sempre em movimento. [ver Legacy Ankh]
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B
Black Swams: Termo usado para designar simpatizantes do estilo de vida Vampyrico; São geralmente amigos, familiares, amantes, cônjuge, professores e etc... De qualquer modo estas pessoas não são vampyros, geralmente pertencem ou não a outras sub-culturas e nutrem simpatia pela cena vampyrica e seus integrantes.

Black Veil, The: O código de ética e conduta da cena vampyrica; Na verdade o conteúdo das mesmas permanecem sendo atitudes de bom senso e inatas aos vampyros e simpatizantes, as mesmas estão sendo trazidas via escrita pela primeira vez, com a função de informar e deixar claro alguns pontos importantes. Estes códigos são atitudes esperadas em Sanctums e Noir havens do mundo. O que quer que pessoas fora desses realizem com consentimento entre ambas as partes em suas casas e outros lugares ficam a cargo de suas vidas, desde que não tragam conseqüências negativas aos membros da comunidade Strigoi Vii.

Blood and Roses: Nome da cerimônia de casamento vampyrico realizada pela Ordo Strigoi Vii. [Ver matéria Casamento Vampyrico]
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C
Casa Vampyrica: É o termo mais comum utilizado para designar um grupo vampyrico que divide filosofias, cerimônias, ritos e membros semelhantes estudiosos de uma determinada linha ou contexto em especial. No começo da década de 2000 o termo Casa passou a ser usado com menos freqüência sendo substituído pelo termo Ordem/Ordo/Order. Independente do termo as mesmas são reconhecidas por sua contribuição à comunidade, filosofias, produção cultural e a qualidade de seus membros. Por tradição o número de integrantes do Inner Circle/Circulo Interno não pode ultrapassar 13 membros. A Cena Vampyrica não utiliza o termo convêm.

Casamento Vampyrico: [Blood and Roses] Nome da cerimônia de casamento vampyrico realizada pela Ordo Strigoi Vii. [Ver matéria Casamento Vampyrico]
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D
Dayside Life: Designa o cotidiano diurno e os relacionamentos de um integrante da cena vampyrica externamente a mesma; É considerada uma grave falta de etiqueta se referir ao nome diurno de um [a] Vampyro publicamente, se ele não faz uso do mesmo em seu Nightside Life.
Desinbodied Vampyro: é o termo usado para designar o Unliving Vampyro ou Vampyro Desincorporado que não possui um corpo de carne no sentido mais simples e genérico da palavra. Embora o conceito do Desinbodied Vampyro seja ponto comum e de concordância na maior parte da cena; Existem dezenas de termos para o mesmo e pontos variados sobre sua abordagem; O ponto de concordância é que o termo vampiro é um exagero, um rótulo de rápida identificação; Mas o assunto envereda para o campo da metafísica, fugindo de nossa abordagem nesta coluna; Para finalidades de glossário, cito escritos da House Kheperu e Ordo Strigoi Vii: O Ponto principal e de concordância entre os integrantes da cena "vampyrica" é que por natureza ou existência o vampyro é um ser exterior a média humana, e tanto com corpo de carne, como sem este ele permanece como um ser a parte do mundo cotidiano; E é impossível de se transformar em um, geralmente se nasce com este caractere e se vive com ele hoje, como se viveu no passado e se viverá no futuro. Enfim, aqui é o campo da metafísica e não representa o todo, apenas uma das muitas partes integrantes da cena vampyrica;
Despertar: Genericamente significa o despertar para a condição vampyrica. Em um sentido mais amplo pode ser utilizado quando alguém descobre seu apreço pela cena vampyrica e começa a freqüentá-la e vivenciá-la o seu dia a dia assumindo-se como um vampyro [Living Vampyro/Vampiro Vivo/Strigoi Vii]. Em um sentido mais interno ela designa o processo iniciatório que levará toda a existência do mesmo se ele optar por enveredar na senda mágika do vampyrismo. Entretanto isto é opcional e vai de cada um, visto que nos referimos a Cena vampyrica nesta coluna e o termo cena torna a mesmo abrangente e comportando diversas possibilidades! [ver awakening]
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F
Fangsmith/Fangsither: Externamente um profissional treinado na arte de modelar dentes de vampiros em resina para integrantes da cena vampyrica. Internamente a cena, eles têm a alcunha de Father ou Mother, devido a sua importância no despertar [Awakening] de um membro da cena. Alguns dos mais conhecidos são Dnash, Sebastian V, Lestat (ele é o dono do Transformatorium, uma loja especializada no assunto).
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H
Hallo: Utilizado para designar uma grande região geográfica de atividades da Cena Vampyrica; O Hallo por natureza não designa nenhuma posição hierárquica ou de organização ou afins, sendo meramente um título designado para retratar melhor a região. Cada Hallo tem seu nome escolhido baseado em características geográficas, históricas, culturais e peculiares que possam retratar melhor a região que cedia.
Os mais conhecidos da cena européia, são Albion (Reino unido e comprime os arredores de Londres), Black Forest (Sudeste da Alemanha, mas não inclui a Bavária), Thrumanti (Oeste da Alemanha) e Xion (Holanda e os Flandres). Na América do Norte os mais conhecidos são: Gotham (Nova York e Westchester), Angel (A cidade de Los Angeles) e Morte (Novas Orleans), Lutetia (Paris). Nota: existem muitos outros pelo mundo afora, os citados aqui são meramente um exemplo.
Haven: Um nightclub, um salão, um pub ou um ponto de encontro seguro e com qualidade para sediar encontros de integrantes da cena vampyrica. Um local tranqüilo para todos poderem se socializar e descontrair. Geralmente são espaços menores, mantidos pelas Casas e Ordens Vampíricas locais e que podem variar desde um pub a um lounge.
Houses / Households: É o termo mais comum utilizado para designar um grupo vampyrico que divide filosofias, cerimônias, ritos e membros semelhantes estudiosos de uma determinada linha ou contexto em especial. No começo da década de 2000 o termo Casa passou a ser usado com menos freqüência sendo substituído pelo termo Ordem/Ordo/Order. Independente do termo as mesmas são reconhecidas por sua contribuição à comunidade, filosofias, produção cultural e a qualidade de seus membros. Por tradição o número de integrantes do Inner Circle/Circulo Interno não pode ultrapassar 13 membros. A Cena Vampyrica não utiliza o termo convêm.
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L
Living Vampyro: O Living Vampyro ou Vampyro Vivo ou Vampyro Real. É um termo complexo e extenso para resumir, haverá textos e mais textos sobre isso na coluna e serão insuficientes - Pois aqui entramos deveras no campo metafísico e simbólico, que não é nosso foco no transcorrer dessa coluna; Para a maior parte da cena vampyrica o vampiro clássico ou cinematográfico (Imortal, Indestrutível, Transmorfo, Bebedor de Sangue, Incinerável no sol ou não, afetado por cruzes e etc...) e afins são uma piadinha de mau gosto, incapazes de existirem na realidade. O que existe são indivíduos que manifestam caracteres que separam da massa e o permitem se reconhecerem entre si; com uma necessidade maior de energia prânica do que um ser humano mediano; Uma fome na verdade, como eles mesmos definem; Essa fome pode ser saciada de diversas maneiras e o método de como fazê-lo varia entre diversos tipos de "vampiros" - inclusive caracteriza-se o termo vampyro como um exagero meramente ilustrativo e de explicação massificada, pois há variantes para o mesmo já como Kheprian, Strigoi Vii, Quinotaur e etc... - Num estágio inicial essa fome é saciada de um jeito parasita, mas pode ser evoluída e transformado em uma forma de relação de troca ou recicladora energética - Novamente internamente a cena vampyrica e externamente a mesma existem dezenas de milhares de formas disso ser feito - e o assunto também foge da proposta da coluna, afinal estudamos o simbólico e a subcultura da mesma, metafísica não é nosso objetivo. Embora o conceito do Living Vampyro seja ponto comum e de concordância na maior parte da cena;
Legacy Ankh: O Legacy Ankh é conhecido como o "sigilo da comunidade vampyrica mundial". Em poucas palavras ele representa o código de ética contido no "The Black Veil", e o portador do mesmo é um conhecedor deste código e de seus princípios - Sendo que no exterior o Ankh só é vendido ou presenteado a aqueles que conhecem e vivenciam os mesmos. Este Ankh estilado foi idealizado por Father Sebastian V e moldado em metal pelo artífice Lord D'' Drenam em 1997, inspirado em partes na mitologia egípcia e no filme The Hunger, que foi o responsável pela associação e interpretação do mesmo aos vampyros no início da década de 1980. Atualmente [nov/2005] no Brasil existem apenas seis desses ankhs, um deles de propriedade do autor desta coluna, presenteado pelo próprio Father Sebastian V.
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M
Monastérios: Referem-se a uma propriedade que serve como sede física de uma House ou Ordo Vampyrica, muito geralmente além do espaço inclui biblioteca, cursos, treinamentos para evolução espiritual e pessoal. Apenas integrantes e membros da mesma Casa ou Ordem tem acesso ao mesmo. Trata-se de uma instituição séria, com registro judicial, de suas atividades assim como outros templos religiosos de outros paradigmas nos respectivos países o­nde operam - Até novembro de 2005 não se tem conhecimento de nenhum em atividade no Brasil. Alguns dos mais conhecidos são o Kephrian Monastery na América do Norte e o The Temple of Cats mantido pela House Sahjaza.
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N
Nightside life: Designa e existência noturna e interna a cena vampyrica de um [a] Vampyro, geralmente envolve a escolha de um nome noturno, uma data de nascimento para a noite e é considerada uma grave falta de etiqueta se referir ao nome diurno de um [a] Vampyro publicamente, se ele não faz uso do mesmo em seu Nightside Life.
Noir Haven: Um tradicional ponto de encontro reconhecido nacional e internacionalmente por sua capacidade de estruturar a cena culturalmente.Este é conhecido por receber membros de diversas casas, mantendo uma aura de qualidade, segurança e certa proteção de intrusos e curiosos externos a cena, o Noir Haven cedia os Quabals, Quoruns, lançamentos de livros, bandas, artistas, saraus e afins; Aqui "vampyros" podem relaxar do dia a dia extenuante e serem eles mesmos. Sob as regras do Black Veil. O único Noir Haven oficial reconhecido no exterior da cena sul-americana está sediado no evento mensal Theatro dos Vampiros em São Paulo-Brasil. Outros Noir Havens existem pelo mundo o mais famoso é o recém inaugurado Black Abbey no Hallo de Gotham, The Fang Club no Hallo de Angel... Havens podem surgir periodicamente, Mas um Noir Haven continua a existir mesmo depois de terminada sua existência na terra, como é o caso do Long Black Veil, situado no lendário Mother Club em Nova Iorque.
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O
Order / Ordo / Ordem Vampyrica: Termo mais moderno e abrangente para House/Households/ Casa vampyrica; É o termo mais comum utilizado para designar um grupo vampyrico que divide filosofias, cerimônias, ritos e membros semelhantes estudiosos de uma determinada linha ou contexto em especial. No começo da década de 2000 o termo Casa passou a ser usado com menos freqüência sendo substituído pelo termo Ordem/Ordo/Order. Independente do termo as mesmas são reconhecidas por sua contribuição à comunidade, filosofias, produção cultural e a qualidade de seus membros. Por tradição o número de integrantes do Inner Circle/Circulo Interno não pode ultrapassar 13 membros. A Cena Vampyrica não utiliza mais o termo convém.
Ordem do Dragão: Realmente existiu na história uma Ordem do Dragão à qual o governante da Romênia Vlad e seu filho fizeram parte. Estes inspiraram o autor Bram Stoker em seu imortal romance Dracula; Entretanto modernos autores atribuem que Sheridan Le Fanu, também encontrou inspiração entre uma das mulheres que integrou esta ordem para o seu romance. vampírico chamado Carmilla. Sua "musa" foi Barbara Von Cilli, esposa do fundador da ordem o imperador Sigesmundo de Luxembourg. Conta-se que ela teria sido ressuscitada da própria morte uma primeira vez através de um mago chamado Abraão o Judeu tinha em suas mãos o lendário "Grimório de Abramelin". Conta-se que ainda após sua segunda morte ela foi responsável pela morte de mais seis vítimas no castelo de Grantz o­nde foi enterrada.
Sincronicidade? Coincidências? É interessante e por vezes divertido observar que superficialmente dois dos mais importantes romances associados ao Vampiro tivessem ligações quase que diretas com esta ordem, apesar dos próprios autores sequer imaginarem os tais vínculos e as profundezas dos mesmos. Até hoje se discute a validade e o conteúdo do citado "Grimório de Abramelim" o mesmo livro.
Nunca haverá uma fonte realmente concisa sobre estes fatos, mas três anos após o lançamento de Dracula de Bram Stoker este grimório foi publicado pela Golden Dawn em Londres... Se ignorarmos alguns autores de cartesianismo exarcebado. A Ordem do Dragão foi fundada para dar combate aos turcos invasores do Leste Europeu e por muito tempo versou seus conhecimentos no campo da alquimia, astronomia e outras práticas. Seus moldes e hierarquias lembravam muitas ordens de cavalaria do período e seu símbolo numa segunda fase era um dragão que devorava a própria cauda. Alguns nobres de outras importantes casas nobres foram integrantes desta sociedade incluindo a casa Aragon da Espanha, também envolvida no período das grandes navegações... Segundo o autor Nicholas de Vere, a mesma teria sua origem e seus fundamentos iniciados nos tempos do antigo Egito, envolvimento com o santo graal, e outros fatos mais, retornando ao período Draconiano. Muitas são as especulações, portanto.
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Q
Quabal: Encontros mensais ou semanais de uma Casa ou Ordem Vampyrica; O tema do mesmo pode ser desde uma mera confraternização a uma reunião para decisões importantes relativas à mesma Casa ou Ordem Vampyrica. Usa-se o termo para uma convocação a todos Vampyres ao Noir Haven e afins para celebrar o encontro em uma das datas dos grandes festivais.
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S
Sahjaza, House: As primeiras evidências do que viria ser conhecido como cena vampírica, passou a se organizar nos EUA em meados de 1975 com a House Sahjaza um convêm de praticantes de Paganismo relacionados a vertentes mais obscuras do mesmo.
Sanctums: Referem-se a uma propriedade que serve como sede física de uma House ou Ordo Vampyrica, muito geralmente além do espaço inclui biblioteca, cursos, treinamentos para evolução espiritual e pessoal. Apenas integrantes e membros da mesma Casa ou Ordem tem acesso ao mesmo. Trata-se de uma instituição séria, com registro judicial, de suas atividades assim como outros templos religiosos de outros paradigmas nos respectivos países o­nde operam - Até novembro de 2005 não se tem conhecimento de nenhum em atividade no Brasil. Alguns dos mais conhecidos são o Kephrian Monastery na América do Norte e o The Temple of Cats mantido pela House Sahjaza.
Sangue: Este componente do arquétipo do Vampiro é o mais famoso, complexo e polêmico aspecto a ser tratado. Talvez o lirismo e arte tenham sido o lugar o­nde melhor exploraram aquilo que os adeptos da cena atual chamam de "a doce eletricidade líquida". O sangue pode ser comparado simbolicamente à vida e à energia em movimento que está à nossa volta. Esta já teve vários nomes e propostas que a identificasse Bions, Orgon, Luz astral e outras mais. Seria ela a mesma a animar e plasmar deuses, fantasmas e vampiros.
Já dissemos aqui que o vampiro é "o eterno caminhante eterno", algo em perpétuo movimento e desenvolvimento. Associamos o sangue à energia vital e plasmática condensada, capaz de realizar proezas das práticas mágicas e xamânicas - a fonte da manifestação da forma - sempre buscadas por espíritos, sombras e feiticeiros desde os tempos de Homero na Grécia. [Novamente o vampiro se liga á nossa metafórica questão de ser à sombra da magia] Porém, o sangue físico não é mais a principal e única fonte de alimentação dos vampiros modernos - existem os vampiros psíquicos, astrais, sexuais e etc... As práticas sanguíneas atualmente estão sendo desencorajadas devido aos inúmeros riscos de doenças transmissíveis pelo sangue [HIV, Hepatite e etc.]. Inclusive no código de ética da Ordo Strigoi Vii conhecido como "The Black Veil" já se trata sangue como uma metáfora e se é realmente incisivo para evitar práticas com o mesmo. [A expressão “Ele é do Sangue!" ou "Ela é do Sangue!" se refere as integrantes da cena vampyrica e geral, e não que necessariamente bebem sangue ou afins.].
Sanguinarium: Originalmente o nome escolhido para designar a união de diversos grupos, casas e ordens da cena vampyrica, sob uma mesma comunidade, surgido na década 90 em Nova York.
Uma versão mais antiga do mesmo referia-se como a Família, que designa desde sempre que todos Vampyres, independente da House, Order e Organização que integrem são indivíduos únicos e iguais entre si. O que aconteceu é que os organizadores do Sanguinarium estruturaram em 2003 a Ordo Strigoi Vii, entretanto Sanguinarium continuou como uma expressão, termo ou palavra corrente nos USA para designar cena vampyrica.
Porém nossos leitores com um mínimo de bom senso, podem notar que existe Cena Vampyrica que comporta grupos com Ordo Strigoi Vii, Sanguinarium, Bloodlines, Vampire-Church, Kheperu e tantos outros - Embora cada um dos mesmos tenha caracteres próprios e independentes entre si, entretanto os termos utilizados possuem equivalentes. Há diversidade de idéias dentro do mesmo contexto, sem descaracterizar o conceito principal.
Synod, The: É um grupo de assuntos internos da Ordo Strigoi Vii responsável pela administração, divulgação e preservação dos rituais, costumes e segredos da mesma. É composto em sua maioria por escolares e pesquisadores ocupados em coletar conhecimento e manter o funcionamento de fontes de informação seguras sobre a Ordo Strigoi Vii.
Strigoi Vii: Na simbologia da Ordo Strigoi Vii é o termo usado para designar o Living Vampyro ou Vampyro Vivo. Embora o conceito do Living Vampyro seja ponto comum e de concordância na maior parte da cena;
Strigoi Morti: Na simbologia da Ordo Strigoi Vii é o termo usado para designar o Unliving Vampyro ou Vampyro Desincorporado que não possui um corpo de carne no sentido mais simples e genérico da palavra. Embora o conceito do Desinbodied Vampyro seja ponto comum e de concordância na maior parte da cena;
Swams: Termo usado para se referir às pessoas externas a cena que tem conhecimento de seus integrantes e de seus costumes. Dividem-se unicamente em Black Swams = Simpatizantes da Cena Vampyrica e White Swams = Hostis a Cena Vampyrica.
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T
Templo /Temples: Referem-se a uma propriedade que serve como sede física de uma House ou Ordo Vampyrica, muito geralmente além do espaço inclui biblioteca, cursos, treinamentos para evolução espiritual e pessoal. Apenas integrantes e membros da mesma Casa ou Ordem tem acesso ao mesmo. Trata-se de uma instituição séria, com registro judicial, de suas atividades assim como outros templos religiosos de outros paradigmas nos respectivos países o­nde operam - Até novembro de 2005 não se tem conhecimento de nenhum em atividade no Brasil. Alguns dos mais conhecidos são o Kephrian Monastery na América do Norte e o The Temple of Cats mantido pela House Sahjaza.
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W
White Swams: Termo pejorativo usado para retratar pessoas hostis a Cena Vampyrica. São caracterizadas assim as pessoas preconceituosas, conservadoras demais e que buscam hostilizar, provocar, ofender, agredir, dissimular e antagonizar quem vive em uma subcultura que lide melhor com os temas tabus da sociedade de massa.

[*] Atualmente os escritores, autores e pesquisadores referem-se aos integrantes da cena como vampyros ou vampyras com Y para diferenciar de vampiro. Vampyro com Y é relativo a pessoas que vivem realmente este chamado estilo vampyrico de vida. [definidos como Strigoi Vii = Living Vampyro]